SALVE A BAIANADA

O PASSE ESPÍRITA CURA?

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Sim. Quando ministrado e recebido com fé, o passe é capaz de produzir verdadeiros prodígios. Ele têm como objetivo o reequilíbrio do corpo físico e espiritual. Mas é preciso esclarecer que a cura não acontece em todos os casos. Ás vezes, o bem do doente está em continuar sofrendo. Por isso devemos explicar, segundo a visão espírita, porque ficamos doentes, porque uns conseguem curar-se e outros não, etc. Para que os que não alcançarem a cura, não saiam decepcionados achando que o Espiritismo é uma religião de charlatães. André Luiz em Opinião Espírita, cap. 55 explica que: “(...) OS CENTROS ESPÍRITAS PRECISAM, AO LADO DO TRABALHO DE PASSE, PROPICIAR OS MEIOS PARA QUE FREQUENTADORES CONHEÇAM A DOUTRINA E SE EXERCITEM NUM TRABALHO ÍNTIMO DE EVANGELIZAÇÃO, PARA A CONQUISTA DA SAÚDE DEFINITIVA.” Porque com a cura física, muitas pessoas se atiram de novo ao desregramento, voltando a se prejudicarem. Mas quem aprende que precisa se aprimorar espiritualmente na prática do Bem e nisso se empenha, quer alcance ou não a cura do corpo, encontrará o caminho para a cura verdadeira e duradoura, a manutenção do equilíbrio em seu espírito imortal. Portanto, empenhemo-nos em curar males físicos, se possível. Mas lembremos, porém, que o Espiritismo “cura sobretudo as moléstias morais”. Não queiramos dar maior importância à cura de corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que é “tornar melhores aqueles que o compreendem.” CADA CENTRO ESPÍRITA TEM UM MÉTODO DE APLICAR O PASSE? Alguns sim, mas o movimento espírita, como todo movimento é conduzido por humanos, cada qual num grau de evolução, conseqüentemente, a interpretação será conforme seu entendimento. Mas, José Herculano Pires no livro “Obsessão, O Passe e a Doutrinação” explica que: “o passe espírita não comporta as encenações e gesticulações que hoje envolvem alguns teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista. Os espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas à prece e a imposição das mãos.” MAS, ANDRÉ LUIZ NARRA EM VÁRIOS LIVROS, COMO POR EXEMPLO “NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE” CAP. 17, A APLICAÇÃO DE PASSES LONGITUDINAIS. POR QUE NÃO FAZER O MESMO? Precisamos compreender que o ângulo de observação de André Luiz é do plano espiritual. Quando ele se refere a outro tipo de passe, os “passistas” são sempre espíritos desencarnados, que podem ver o funcionamento de nossos órgãos, o que para nós, encarnados, não é possível. Além do mais, como disse J. Herculano Pires:“a técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante.” Por exemplo: quando tomamos um comprimido para dor de cabeça, este não precisa ir para a cabeça para agir. Assim é o PASSE, que é aplicado no alto da cabeça (coronário), e os espíritos se encarregam em levar os fluidos ao local do corpo necessitado. O PASSE ESPÍRITA UTILIZA MACA? Não. Este método é utilizado na terapia holística chamada Reiki. Os adeptos desta terapia acham as filas de espera do passe espírita muito impessoal. Por isso, utilizam maca, onde o paciente recebe energia com hora marcada, música relaxante e essências aromáticas. O PASSE REIKI TAMBÉM CURA? Sim, também faz os doentes saírem física e mentalmente recuperados. Deus não beneficia só os espíritas ou os freqüentadores da casa espírita. Cabe a nós, espíritas, respeitarmos as mais diversas modalidades e formas de cura. São meios úteis de minimizar o sofrimento alheio. SE É BOM, POR QUE O ESPIRITISMO NÃO ADOTA TAL MÉTODO? Porque o passe espírita também é bom e para ser bom aprendemos que não precisa de recursos materiais. Os espíritas precisam ajudar a renovação das idéias religiosas e não conseguirão isso, se ocultar o que já conhecem e se cederem sempre aos atuais costumes ou novidades. Além do que, o espírita tem o dever de não ficar preso às fórmulas religiosas que nada mais lhe significam como: maca, lâmpadas coloridas, etc., que fazem função de amuletos. Divaldo numa entrevista dada ao Correio Espírita disse: “deve-se evitar, quanto possível, a exposição de lâmpadas coloridas, no pressuposto de realizar-se ação cromoterapêutica.” Vejamos o que disse José Herculano Pires, no mesmo livro acima citado: “Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano às formas de atividades materiais. O passista consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde compreende que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais, e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa, limite-se à função mediúnica de intermediário. Muitas vezes os Espíritos recomendam que não façam movimentos com as mãos e os braços para não atrapalhar os passes.” Ultimamente estamos encontrando muitas novidades no meio espírita. Há, por exemplo, quem acredite que a desobsessão e o passe espírita pararam no tempo, conseqüentemente, precisam de ajuda. Perguntemos: ALLAN KARDEC ESTÁ ULTRAPASSADO? J. Herculano Pires responde: “O Kardec superado, dos espíritas pretensiosos dos nossos dias está sempre na dianteira das conquistas atuais. O Espiritismo é a Ciência e acima de tudo a Ciência que antecipou e deu nascimento a todas as Ciências do Paranormal, desde as mais esquecidas tentativas científicas do passado até a Metapsíquica de Richet e a Parapsicologia atual de Rhine e McDougal. Qualquer descoberta nova e válida dessas Ciências tem as suas raízes no O Livro dos Espíritos. Todos os acessórios ligados à prática tradicional do passe devem ser banidos dos Centros Espíritas sérios. O que nos cabe fazer nessa hora de transição da Civilização Terrena não é inventar novidades doutrinárias, mas penetrar no conhecimento real da doutrina, com o devido respeito ao homem (Kardec) de ciências e cientista eminente que a elaborou, na mais perfeita sintonia com o pensamento dos Espíritos Superiores.”). Então, queremos esclarecer, que não somos contra métodos, técnicas, rituais, etc., adotados por outras seitas, religiões, terapias holísticas ou alternativas. A Doutrina nunca diz ser “contra” alguma coisa, no máximo “não é favorável”. Ela nunca diz “não pode”, no máximo diz “não deve”. Pregamos o livre arbítrio, portanto, temos obrigação de exercê-lo. Mas, não é por respeitarmos que as adotaremos. Não queremos impor aquilo que acreditamos a ninguém, mas não queremos que nos imponham o que não aceitamos. Não gostaríamos de ver implantado na Casa Espírita o que não pertence a ela. Mas aquele que acredita ser certo o que pratica, não deve se melindrar com opinião contrária, “a cada um segundo sua consciência”. Portanto, gostaríamos que todos compreendessem que não escrevemos para criticar, ofender, brigar, até porque este não é o intuito da Doutrina Espírita. Escrever textos espíritas e omitir o que o “Espiritismo” prega para não desagradar este ou aquele, seria covardia da nossa parte e falta de caridade com o Espiritismo. Apenas utilizamos este meio de comunicação para tirarmos dúvidas e divulgarmos a Doutrina dos Espíritos como ela é aos espíritas, não-espíritas, simpatizantes e até não-simpatizantes. “A maior caridade que podemos fazer ao Espiritismo é sua divulgação”, disse Emmanuel. Portanto, a pratiquemos com respeito e responsabilidade.

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